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Foto do escritorLetícia Ferreira

Argilominerais são silicatos complexos de alumínio com duas diferentes unidades: tetraedro de sílica (4 átomos de oxigênio em torno de 1 átomo de silício) e octaedro de alumina (6 hidroxilas em torno de 1 átomo de alumínio ou magnésio).

Essas unidades podem ser combinadas em duas formas:

- Uma lâmina de sílica (tetraédrica) com uma lâmina octaédrica (camada 1:1)





- Uma lâmina octaédrica entre duas lâminas de sílica (camada 2:1)





Principais grupos de argilominerais silicatados:

- Caulinitas (Figura 1):

Estrutura: empilhamento de camadas 1:1, espessura de 7,2Å.

Características: pequena expansão, difícil dispersão e baixa plasticidade.

Aplicações: fabricação de porcelana, cerâmica, comprimidos e uso pela indústria de papel.


Figura 1: Caulinita

- Esmectitas (montmorilonitas)

Estrutura: empilhamento de camadas 2:1, espessura pode variar de 9,6 a 21,4 Å.

Características: a montmorilonita é o argilomineral mais abundante desse grupo. Apresentam o alumínio das “lâminas octaédricas” substituído parcial ou totalmente por Mg e Fe. Não possuem espaçamento basal fixo como as caulinitas (distância interlamelar varia com natureza do cátion presente e quantidade de água disponível). Assim, são de fácil dispersão na água, grande expansão e alta plasticidade.


Aplicações: bentonita (Figura 2)(alto teor de montmorilonita), tem amplo uso industrial,como por exemplo:

Agente nas perfurações dos poços de petróleo e poços artesianos (estabilizador de solos);

Investigações geotécnicas e ambientais;

Material de selamento;

Impermeabilizante de aterros sanitários e barragens;

Remediação de solos contaminados;

Liners de impermeabilizações com Geomembranas;

Indústria de cosméticos e alimentos, fertilizantes;

etc.


Figura 2: Bentonita

- Ilitas

Estrutura: Possuem a mesma unidade estrutural básica das esmectitas. Porém, os átomos de Si das lâminas de sílica são substituídos parcialmente por Al.


Características: como o íon potássio se “encaixa” nesse espaço e não é deslocado por outros, ele faz com que a união entre as camadas 2:1 seja mais estável, e não seja afetada tão fortemente pela água, como no caso das esmectitas.


- Vermiculitas

Estrutura: também possuem unidade estrutural 2:1. Sua estrutura é intermediária entre a da ilita e a da montmorilonita.

Características: o espaçamento basal das vermiculitas depende do tipo de cátion entre as camadas (geralmente Na+ , Ca2+, Mg2+) e da sua hidratação.


Formada pelo intemperismo de micas (biotita / muscovita), podendo ser expandida artificialmente por ação de calor ( 800ºC)


Aplicação: na Construção Civil: como isolante térmico para lajes e paredes; agregado leve para concreto estrutural; proteção de impermeabilização em lajes de cobertura; miolo de divisórias e portas "corta-fogo“.


Na Indústria: tijolos e argamassas isolantes; isolante térmico e anticorrosivo; embalagens à prova de choques e fogo.


Na Agricultura: veículo e contentor para nutrientes, inseticidas, herbicidas; retentor de água em solos permeáveis (arenosos).

Formação dos argilominerais


Os argilominerais são formados por processos intempéricos (Figura 3); diagenéticos e hidrotermais.


Entre as várias reações do intemperismo químico destacam-se: dissolução, hidrólise e oxidação.


Os minerais pertencentes ao grupo dos silicatos, exceto o quartzo, podem ser transformados em argilominerais, conhecidos como minerais secundários.


Os argilominerais também podem ser chamados de minerais neoformados ou de neoformação. Neste caso, são resultantes da precipitação ou combinação de substâncias resultantes do intemperismo de outros minerais.

Figura 3 - Intemperismo químico

- A Capacidade de Troca de Íons dos argilominerais


Conceito: Processo reversível, pelo qual as partículas sólidas do solo adsorvem cátions da fase aquosa, e liberam ao mesmo tempo quantidades equivalentes de outros cátions, estabelecendo um equilíbrio entre ambas as fases.


Ocorrência: presença de partículas carregadas eletricamente nas frações finas dos solos (argilas e húmus).

Tem a capacidade de trocar íons com a solução do solo, tendendo à neutralização das cargas em excesso.


Importância:

- os nutrientes ficam retidos com força suficiente para não serem lixiviados pela água, mas não tão fortemente para impedir que o pêlo radicular das raízes das plantas possam utilizá-los.

- poder tampão do solo: habilidade da fase sólida de materiais do solo em resistir a mudanças durante as modificações de concentração iônica na fase líquida. Inclui resistência a mudanças de pH e de outros componentes iônicos ou moleculares.


Fatores que influenciam: quantidade e tipo de argila presente, quantidade de húmus e valor do ph.




Referências:

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Toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) são produzidas diariamente e em muitos casos não há preocupação com o descarte adequado de todo esse lixo produzido. O descarte inadequado contamina solos e águas, além de gerar graves problemas de saúde pública. O fator redução de consumo, que está atrelado à redução de resíduos, é o mais importante, mas devemos conhecer também mais sobre a relevância de uma disposição final apropriada, como os aterros sanitários.

As formas mais comuns de disposição final do lixo no Brasil são: Lixões (17,4%), Aterros Controlados (24,2%) e os Aterros Sanitários (58,4%) (ABRELPE, 2016). Mas você sabe a diferença entre eles?


Figura 1: Lixão em operação (Fonte: http://meioambiente.culturamix.com)

Figura 2: Esquema representando lixão (Fonte: https://ecoarquitetura.wordpress.com)



Os LIXÕES representam uma forma inadequada de disposição dos resíduos, pois o lixo é descartado sobre o solo de forma desordenada, sem que haja nenhuma medida de proteção ambiental ou de saúde publica. Não existe nenhum controle sobre o tipo de resíduo que é depositado e nem de como é feita a operação do local. A falta de cuidado acarreta em diversos problemas como: poluição do solo, poluição das águas superficiais e subterrâneas, proliferação de vetores de doença, risco de incêndio e deslizamentos, entre outros.




O ATERRO CONTROLADO pode ser considerado uma solução intermediaria entre o lixão e o aterro sanitário. Essa técnica utiliza alguns princípios de engenharia para o confinamento dos resíduos, apresentando cuidados como a compactação e a cobertura dos resíduos, controle da entrada dos resíduos, de pessoas e animais e, em alguns casos, drenagem de percolados. No entanto, não dispõe de impermeabilização de base nem de sistemas de tratamento dos líquidos percolados ou do biogás gerado, o que compromete a qualidade das água subterrâneas e do solo.


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Figura 4 e 5: Aterro controlado em operação



Já o ATERRO SANITÁRIO é uma forma adequada de disposição dos resíduos sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente, minimizando os impactos ambientais. Essa forma de disposição segue uma metodologia de implantação e operação, onde existe um projeto de engenharia e o licenciamento do mesmo. Nesse tipo de obra são utilizados componentes e técnicas de operação específicos, como: sistema de impermeabilização do solo de base, sistema de drenagem e coleta de líquidos percolados e biogás, sistema de drenagem de águas pluviais, sistema de tratamento de chorume, compactação de resíduos, cobertura diária e final, monitoramento geotécnico e ambiental, entre outros. Desta forma, existe um controle rigoroso sobre o tipo, volume e classe dos resíduos depositados.


Figuras 7 e 8: Aterro Sanitário em operação


Quer saber mais sobre os aterros sanitários e suas etapas de projeto? Fique ligado nos próximos posts!


Fontes:

Figura 1: Esquema representando lixão; https://ecoarquitetura.wordpress.com

Figura 2: Lixão em operação; http://meioambiente.culturamix.com

Figura 3: Esquema representando aterro controlado; https://ecoarquitetura.wordpress.com

Figura 4: Aterro controlado em operação; https://blogdaengenharia.com

Figura 5: Aterro controlado em Barras; http://www.visaopiaui.com.br/

Figura 6: Esquema representando aterro sanitário; https://ecoarquitetura.wordpress.com

Figura 7: Aterro Sanitário em operação; https://blogdaengenharia.com

Figura 8: Aterro Sanitário de Curitiba; https://cbncuritiba.com/

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Foto do escritorFernanda Paes

Atualizado: 5 de jun. de 2018

Como já havíamos conversado antes, vamos iniciar uma série para expor curiosidades e características de várias rochas. A escolhida para iniciarmos será o granito.


Esta rocha é o produto resultante da cristalização do magma ácido em profundidade, formado pelos minerais quartzo, feldspato, moscovita e biotita (micas). Em geral apresenta estrutura compacta e resistência mecânica relativamente alta. Os maciços graníticos possuem forma oval, podendo ocupar uma área de centena de quilômetros quadrados.



Pedreira de granito em Ponte Lima

Ocorrência do Granito no Brasil:

Serra da Mantiqueira

Podemos dizer que encontrar pedreiras de granito no Brasil é bem comum, já que representam aproximadamente 5 a 10% das rochas que aparecem na superfície terrestre. No nosso país podemos destacar algumas serras conhecidas que são formadas de granito, como a da Mantiqueira, do Mar, e algumas serras do Planalto Residual Norte-Amazônico.

Serra da Mantiqueira


No Rio Grande do Sul, os granitos são rochas muito comuns, fazendo parte do denominado Escudo Sul-Riograndense.


O estado do Espírito Santo destaca-se em nível nacional, tendo suas principais jazidas de granitos na região norte (sendo o segundo produtor de granito e similares).

Propriedades:


· Porcentagem de sílica: ácida (teor de sílica > 65%)

· Cor: félsica ou leucocráticas (cores claras, ricos em Si, Al, Ca, Na e K)

· Modo de ocorrência: intrusiva (plutônica, consolidação do magma ocorre internamente)

· Textura: Fanerítica (resfriamento lento, formação de cristais visíveis a olho nu)

· Forma/estrutura: Maciça


Aplicabilidade do Granito:


O granito constitui importante matéria-prima para uma infinidade de aplicações: arquitetura e construção, revestimento de elementos urbanos, arte funerária e arte de decoração. São variadas as características que valorizam o seu uso: efeito estético, durabilidade, resistência mecânica, flexibilidade no uso e facilidade de conservação.


Cerca de 80% da produção mundial dos granitos é atualmente transformada em chapas e ladrilhos para revestimentos, 15% desdobrada em peças para arte funerária e 5% para outros campos de aplicação.



À esquerda, o Granito Preto São Gabriel é usado como bancada de cozinha e a direita, o Granito Verde Candeias é usada na parte externa em uma fachada


Fontes:

Imagem 1: http://www.dct.uminho.pt/rpmic/ma1_campo.html

Imagem 2: https://br.pinterest.com/pin/401101910544164261/


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