Atualizado: 10 de out. de 2018
Na série “rochas” de hoje abordaremos uma rocha sedimentar bastante conhecida em nosso território, o Arenito. As rochas sedimentares se caracterizam por serem formadas a partir da consolidação de partículas intemperizadas de outras rochas normalmente no fundo dos oceanos, rios e lagos. O arenito como seu próprio nome já diz, é composto em sua maior parte pela consolidação dos grãos de areia (entre 0,062 e 2,00 mm), mas também contém partículas menores de silte e argila, e alguns precipitados químicos como óxidos de ferro, carbonatos e sílica, que ajudam na coesão da rocha. Em seguida veremos uma imagem que demonstra os processos para que ocorra a formação dessas rochas.
Imagem 1: Formação das rochas sedimentares
Ocorrência
No Brasil o arenito é muito encontrado na região sul. O Parque Estadual de Vila Velha situado em Ponta Grossa no Paraná é um sítio geológico, sendo característica do parque suas grandes formações rochosas.
Imagens 2 e 3:A Taça, cartão-postal de Ponta Grossa/Rocha que lembra a cabeça de um camelo
Propriedades
O arenito é composto principalmente por quartzo. Essa rocha também pode conter porções menores de feldspato e mica, apresentando variações de cores de acordo com a formação e os materiais cimentantes, sendo essas cores cinza, amarela, branca e vermelha. Essas rochas são de extrema importância para a arqueologia por apresentarem camadas e nessas se conservarem fósseis, permitindo assim contar a história do planeta, como podemos observar na imagem abaixo que mostra um peixe fossilizado em um arenito.
Imagens 4, 5 e 6: Amostra de arenito/ Camadas de sedimentação do solo/ Fóssil de peixe
Aplicabilidade do Arenito
Os arenitos são utilizados em pisos e revestimentos, quando incoesos podem ser utilizados como material arenoso na construção civil e produção de vidro.
Imagem 7: Parede com tijolinhos de arenito amarelo
Referências
Fonte imagens 2 e 3: https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Estadual_de_Vila_Velha
Fonte imagens 1 e 6:https://sites.google.com/site/cp2minerais/tipos-de-rochas/sedimentares
Fonte imagem 5:http://jaorisa2013.blogspot.com/2013/08/arenito.html
Atualizado: 29 de out. de 2018
Dando continuidade à série “rochas” o post de hoje é sobre a rocha metamórfica gnaisse, formada através do metamorfismo (sob ação da pressão, temperatura e de soluções químicas em outra rocha qualquer).
Imagem 1: Gnaisse
O gnaisse é resultante, principalmente, da deformação de granitos. É uma das rochas mais antigas do mundo. O esquema 1 abaixo mostra como as rochas metamórficas são formadas e o esquema 2 para o caso do gnaisse.
Esquema 1 e 2
O gnaisse é uma rocha de grande variação mineralógica e grau metamórfico. Durante o seu processo de formação ocorre uma reorientação de minerais como pode ser observado na figura abaixo:
Imagem 2: Exemplo de reorientação dos minerais na rocha Gnaisse
Ocorrência
No Rio Grande do Sul, estas rochas são muito comuns e constituem parte dos terrenos Pré-Cambrianos.
Na cidade do Rio de Janeiro é a principal rocha constituinte do Pão de Açúcar, do Corcovado e da Pedra do Arpoador. Além disso, muitas edificações e monumentos coloniais do século XIX e início do século XX foram construídos com gnaisses utilizando a técnica de cantaria, trazida pelos portugueses em meados do século XVI.
Imagem 3 e 4: Gnaisse e Pão-de-Açúcar
Propriedades
A rocha gnaisse se classifica dentro das metamórficas como foliada pela sua foliação denominada Bandado Gnáissico com alternância de leitos mineralógicos de cores clara (quartzo e feldspato) e escura (biotita e anfibólio). Além disso, passam por um intenso fenômeno de cristalização (alta textura) e sua fissibilidade é pouco evidente.
Imagem 5 e 6: Gnaisse
Aplicabilidade
É amplamente empregado como brita na construção civil e pavimentação além do uso ornamental. Como características pode-se destacar: aspecto rugoso (formato original),
resistente e com elevado grau de metamorfismo.
Imagem 7 e 8: Gnaisse como revestimento
Imagem 9 e 10: Brita feita com Gnaisse e degrau maciço de gnaisse amarelo
Referências
Fonte imagem 1: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gnaisse
Fonte imagem 3: http://site.mast.br/exposicoes_hotsites/exposicao_temporaria_faz_tempo/fosseis_rochas.html
Fonte imagem 4, 8, 9 e 10: http://catalogoda2015.wixsite.com/catalogomateriais/gnaisse
Fonte esquema 1 e 2 e imagem 2: Notas de aula da professora Júlia Righi.
Atualizado: 10 de out. de 2018
Dando continuidade a série das rochas, vamos falar do Basalto. Esse tipo de rocha é derivada das erupções vulcânicas, sendo assim é classificada como rocha magmática extrusiva. Assim como essa rocha se apresenta em grande quantidade no nosso país ela é bem comum de se encontrar por todo mundo, principalmente em ilhas, que em muitas foram formadas pela erupção vulcânica.
Imagem 1: Formação das ilhas havaianas
Imagem 2: Ilha recém-formada ao lado da ilha de Nishinoshima, Japão (2015)
Ocorrência
No Brasil ela é muito encontrada na região sul, podendo concluir que há milhares de anos já se apresentou derramamentos de lava nessa área. Uma área muito estudada é a Formação Serra Geral no Rio Grande do Sul.
Imagem 3: Encosta formada por camadas de derrame basáltico e a Pedra Furada, Morro da Igreja no Parque Nacional de São Joaquim, Santa Catarina
Imagem 4: Derrames de basalto na Bacia do Paraná - Cânion Fortaleza, Aparados da Serra – RS/SC. Foto: Luiz Oliveira
Propriedades
O basalto é uma rocha de granulação muito fina classificada como afanítica. Isso acontece pelo rápido resfriamento da lava quando entra em contato com a temperatura da superfície terrestre, não havendo tempo necessário para que formem cristais. O contrário ocorre com o granito, já que a lava é resfriada lentamente no interior da crosta terrestre e seus cristais são vistos a olho nú.
Esse tipo de rocha é bem caracterizada pela sua coloração acinzentado escuro, classificando-se como máfica (cores escuras). Essa cor escura é proveniente dos minerais que o compõem: piroxênio, olivina e plagioclásio, ricos em Fe e Mg, tornando essas rochas básicas.
Imagem 5: Amostra de basalto do Laboratório
de Geologia UFJF
Aplicabilidade do basalto
Assim como o granito, o basalto constitui matéria-prima para muitas aplicações: arquitetura e construção, revestimento de elementos urbanos e arte de decoração. São variadas as características que valorizam o seu uso: efeito estético, durabilidade, resistência mecânica, flexibilidade no uso e facilidade de conservação.
Imagem 6: Basalto preto
Referências
Fonte imagens 1 e 2: https://mybrainsociety.blogspot.com/2015/06/como-se-formam-as-ilhas-vulcanicas.html
Fonte imagem 3: http://parquedaciencia.blogspot.com/2016/05/a-origem-magmatica-da-formacao-serra.html
Fonte imagem 4: http://universodasgeociencias.blogspot.com/2015/06/extrusoes-de-basalto-da-formacao-serra.html
Fonte imagem 6: http://pedrastreviso.com.br/categoria/Pedra-Basalto/