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Atualizado: 10 de mai. de 2021

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Foto do escritorJessica Laine



Olá geosseguidores 🤓 Você sabe o que é resíduo orgânico? 💚 Os resíduos orgânicos são constituídos basicamente por restos de animais e vegetais. Podem ser provenientes de atividades domésticas (restos de alimentos), urbanas (varrição de vias públicas), agrícola (resíduos de agroindústria), industrial (resíduos de madeireiras), de saneamento básico (lodos de estações de tratamento de esgotos), entre outras. Esses materiais quando dispostos em condições ambientes, são degradados naturalmente por microrganismos existentes no meio, fazendo com que haja a recirculação e reciclagem de seus nutrientes pelo ciclo biológico. Entretanto, caso sejam geridos de maneira inadequada, são responsáveis pela geração de chorume (contribui para a contaminação do solo e das águas subterrâneas), emissão de metano e gás carbônico na atmosfera em seu processo de degradação biológica (intensificadores do efeito estufa) além da proliferação de vetores de doenças, como ratos e mosquitos, que podem transmitir leptospirose e dengue, por exemplo. A diferença entre lixo orgânico e inorgânico se baseia em sua origem produtiva. O material que compõem o lixo inorgânico não possui origem biológica, ou seja, é produzido por meios não-naturais como o plástico, alumínio e vidro ♻.

Figura 1. Lixo orgânico. Fonte: CGS Concessões. Disponivel em: http://cgcconcessoes.com.br/o-que-e-lixo-organico/


O nível de produção de resíduos está relacionado ao grau de desenvolvimento das forças produtivas de um país, tanto com relação à quantidade quanto à variedade de materiais a serem descartados e sua concentração espacial, sobretudo nas grandes capitais e regiões metropolitanas (Magera, 2003; Fé e Faria, 2011; Pinhel, 2013). No caso do Brasil, a urbanização acelerada iniciada no governo de Juscelino Kubitschek, o qual trazia como lema o desenvolvimento de “50 anos em 5”, resultou em um crescimento desordenado dos centros urbanos e atrelado a uma cultura de não preocupação com as questões ambientais no país, resultando em inúmeros problemas relacionados à gestão e ao gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos (RSU).

De acordo com o estudo de 2017 denominado “A Organização Coletiva de Catadores de Material Reciclável no Brasil: dilemas e potencialidades sob a ótica da economia solidária, do técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Sandro Pereira Silva, estima-se que a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil, que apresenta valores em torno de 160 mil toneladas diárias, sendo que cerca de 30% a 40% são considerados passíveis de reaproveitamento e reciclagem. Além disso, a composição dos resíduos descartados no país é composta prioritariamente de matéria orgânica (57,41%), seguido do plástico (16,49%), papel e papelão (13,16%), vidro (2,34%), material ferroso (1,56%), alumínio (0,51%), inertes (0,46%) e outros materiais (8,1%).

Em se tratando de Aterros Sanitários, a problemática se faz presente com relação ao não conhecimento dos materiais existentes nas células dos aterros, já que a segregação desses resíduos é ínfima na realidade do nosso país. Em decorrência disso, o método de tratamento dos resíduos, a gestão e manejo dos mesmos além do controle operacional do aterro dificultam o gerenciamento e tornam o processo muito mais difícil e complexo do ponto de vista técnico e financeiro 🌎. O ideal seria que houvessem práticas de segregação dos resíduos na fonte produtora com o intuito de diminuir os gastos com as tecnologias de fim de tubo, com o objetivo de destinar os resíduos a formas de disposição final ambientalmente adequadas de acordo com suas particularidades, tais como compostagem (tratamento bioquímico), reciclagem (tratamento mecânico) e incineração (tratamento térmico).


Com o aumento da geração de resíduos, os aterros vêm atingindo alturas cada vez mais elevadas para expandir sua capacidade de acomodação dos resíduos a fim de conseguir suprir a demanda da sociedade atualmente, que apresenta taxas cada vez mais crescentes de consumo. Somado a isso, a elevada contribuição de orgânicos no lixo e sua redução volumétrica atrelada a sua acomodação física nas células, causada pelo processo natural de degradação biológica da matéria orgânica, causa instabilidade nos maciços gerando a movimentação das células (recalque), o qual deve ser constantemente monitorado, como por exemplo, por meio do monitoramento geotécnico utilizando o levantamento topográfico planialtimétrico ou pelo uso de drones, com o intuito de prever potenciais tendências anômalas e garantir a segurança dos profissionais que atuam nessa obra de engenharia, da sociedade civil e do meio ambiente.

Figura 3: Levantamento Planialtimétrico para o monitoramento de Aterro Sanitário. Disponível em: Imagens Google.


Vídeo 1: Monitoramento Geotécnico de um aterro Sanitário por meio do uso de Drones. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=_pPi2ioWesw



Referências:

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Foto do escritorMariana Oliveira

Você sabe como identificar um mineral?

Todo mineral possui propriedades que possibilitam sua identificação. Essas propriedades se dividem em 4 grupos. Nesse post iremos abordar esses grupos e quais propriedades estão inseridas em cada um.




Vamos começar pelo grupo com maior quantidade de propriedades, o grupo das propriedades físicas. Nesse grupo, temos 8 propriedades. São elas: dureza, traço, clivagem, fratura, tenacidade, magnetismo, flexibilidade e peso específico.


1) Dureza: Essa propriedade está relacionada com a resistência de um mineral ser riscado. Ela é representada por uma escala, denominada Escala de Mohs, que determina de forma relativa, a dureza de cada mineral.


Escala de Mohs (dureza relativa)

2) Traço: É a propriedade que o mineral tem de deixar um risco com cor quando friccionado contra uma superfície não polida de porcelana branca. É uma propriedade fácil de ser analisada e, portanto, de grande importância na identificação de minerais. Alguns exemplos são: hematita, que possui um traço castanho-avermelhado e a magnetita que possui um traço preto.



Imagem 1: Hematita (à esquerda) e magnetita (à direita) e seus traços.


3) Clivagem: Propriedade que alguns minerais têm de se partirem em planos. Pode ocorrer em 1, 2 ou 3 planos. Os exemplos mais comuns são: a mica (clivagem em 1D) e a calcita (clivagem em 3D).



Imagem 2: Mica muscovita: clivagem em 1 plano.

Imagem 3: Calcita: clivagem em 3 planos.

4) Fratura: Propriedade que alguns minerais têm de se partirem em planos irregulares ao invés de planos de clivagem.


Imagem 4: O quartzo é um mineral que apresenta fratura.


5) Tenacidade: Essa propriedade está relacionada com a resistência ao choque de um martelo ou ao corte de uma lâmina. Dentro dessa propriedade os minerais podem ser divididos em:


* Quebradiços ou friáveis: podem ser quebrados ou levados ao pó com facilidade. Exemplo: calcita.


Imagem 5: Calcita: mineral friável.


* Sécteis: podem ser cortados por uma lâmina. Exemplo: gipsita


Imagem 6: Gipsita: mineral séctil

* Maleáveis: podem ser reduzidos à lâminas. Exemplo: ouro.


Imagem 7: Ouro: mineral maleável

6) Magnetismo: Propriedade de ser atraído por ímãs. O principal mineral que possui essa propriedade é a magnetita.


Imagem 8: Magnetita atraída por ímã.

7) Flexibilidade: Propriedade relacionada à capacidade que o mineral têm de sofrer deformações. Essas deformações podem ser:


* Elásticas: a deformação deixa de existir quando o esforço é retirado. Exemplo: Mica.


Imagem 9: Mica biotita: mineral elástico

*Plásticas: a deformação permanece mesmo após o esforço ser cessado. Exemplo: Talco.


Imagem 10: Talco: mineral plástico

8) Peso específico: É a relação entre o peso do mineral e o peso de igual volume de água destilada a 4°C.


No grupo das propriedades químicas, uma se destaca: a efervescência. Ela consiste na reação do mineral com algum tipo de ácido. O principal exemplo é a calcita que efervesce em contato com o ácido clorídrico. Nesse caso, a reação química que ocorre é a seguinte:

CaCO3 + 2 HCl → CaCl2 + H2O + CO2


Dentro das propriedades ópticas temos:

1) Brilho: É o aspecto da reflexão da luz na superfície do mineral. Pode ser:


*Metálico: exemplo: Pirita


Imagem 11: Pirita: mineral com brilho metálico.

*Não-metálico: exemplos: topázio, mica.



Imagem 12: Mica muscovita


Imagem 13: Topázio Imperial


2) Cor: Deve ser observada em uma fratura recente. A exposição ao ar pode formar películas que alteram a cor do mineral. Existem, também, minerais que apresentam diversas cores, como por exemplo, o quartzo.



Imagem 14: Quartzo róseo

Imagem 15: Quartzo hialino


Por fim, dentro do grupo das propriedades morfológicas, analisamos o hábito dos minerais. O hábito de um mineral é a maneira mais frequente com que um mineral se apresenta. Alguns exemplos são: a mica com hábito de placas tabulares e a pirita com hábito cúbico.



O conhecimento destas propriedades é de suma importância, visto que com frequência são suficientes para identificarmos os minerais, e pela facilidade de avaliarmos cada uma delas, são amplamente empregadas no reconhecimento de minerais no campo e em laboratório.




Fontes: RIGHI, Júlia. Minerais: definição, origem, classificação e propriedades. 82 slides.

* Todas as imagens são fotografias de minerais do Laboratório de Geologia da Universidade Federal de Juiz de Fora.



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